O Ministério da Saúde distribui, gratuitamente, o “Guia Alimentar – Como ter uma Alimentação Saudável”. A publicação, em formato de bolso, traz os dez passos para uma alimentação saudável e reúne dicas e orientações para manter ou alcançar bons hábitos alimentares.
A versão eletrônica está disponível no endereço eletrônico www.saude.gov.br/nutricao. O livreto também traz o teste “Como está a sua alimentação?”, no qual cada pessoa pode identificar os erros e acertos dos próprios hábitos.
Prato do brasileiro tem dieta rica em gordura
Pesquisa do Ministério da Saúde detalhou hábitos do brasileiro à mesa: poucas frutas e hortaliças
A população
brasileira se alimenta inadequadamente e consome gordura saturada em excesso:
34,6% não dispensam a carne gordurosa e mais da metade (56,9%) bebe leite
integral regularmente. Os refrigerantes também têm consumidores fiéis, 29,8%
dos brasileiros tomam a bebida no mínimo cinco vezes por semana.
Outro dado
preocupante é o baixo consumo de frutas e hortaliças. Apenas 20,2%, ingerem a
quantidade recomendada da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de cinco ou
mais porções ao dia. A conclusão é da última pesquisa de Vigilância de Fatores
de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel
2011), promovida pelo Ministério da Saúde em parceria com Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas
em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo. O estudo retrata os hábitos
da população brasileira e é uma importante fonte para o desenvolvimento de
políticas públicas de saúde preventiva. Foram entrevistados 54 mil adultos em
todas as capitais e também no Distrito Federal, em 2011.
O
levantamento indica que as frutas e as hortaliças, fortes aliadas na prevenção
de doenças crônicas não transmissíveis estão sendo deixadas de lado por uma boa
parcela dos brasileiros na hora da refeição. Segundo estimativas globais da
OMS, o consumo insuficiente de frutas e hortaliças é responsável anualmente por
2,7 milhões de mortes e por 31% das doenças isquêmicas do coração, 11% das
doenças cerebrovasculares e 19% dos cânceres gastrointestinais ocorridos em
todo o mundo.
A
organização também alerta que taxas elevadas de colesterol e triglicerídeos,
causadas majoritariamente pelo consumo excessivo de gorduras saturadas de
origem animal, determinam 4,4 milhões de mortes por ano, sendo responsáveis por
18% das doenças cerebrovasculares e 56% das doenças isquêmicas do coração.
HOMENS SE
ALIMENTAM PIOR
O Vigitel 2011 revelou que os
homens, sobretudo os mais jovens, não costumam tirar a pele do frango ou a
gordura da carne vermelha antes de comê-las. A população masculina consome
quase duas vezes mais (45,9%) carne com excesso de gordura do que as mulheres
(24,9%).
As
hortaliças também não agradam o paladar masculino e estão ausentes na maioria
dos pratos do homem brasileiro. Apenas 25,6% comem hortaliças e frutas
regularmente (cinco ou mais vezes por semana). O percentual cai para 16,6%
quando considerada a recomendação da OMS (cinco vezes ao dia). Já na população
feminina, o percentual é de 35,4% para o consumo regular e de 23,3% para o
consumo recomendado pela OMS.
A ingestão
semanal de refrigerante também é bem superior entre os homens. A pesquisa
mostra que 34,3% tomam a bebida no mínimo cinco vezes por semana. O indicador
entre as mulheres, apesar de permanecer alto, cai consideravelmente, ficando no
patamar de 25,9%.
DIETA É MAIS
RIGOROSA ENTRE OS MAIS VELHOS
Com o
passar dos anos, o brasileiro tende a diminuir a ingestão de gordura saturada e
de refrigerantes. Se, entre os 18 e 24 anos, mais da metade dos homens
brasileiros comem carne com gordura regularmente (51%), este índice cai para
27,6% entre aqueles que já passaram dos 65 anos.
O fenômeno
se repete com o consumo de refrigerante. Entre os jovens com idade entre 18 e
24 anos, 43,5 % declararam tomar regularmente a bebida. Aos 65 anos, o
percentual cai para menos de um terço, ficando em 13,7%. Em contrapartida, há
aumento de consumo de frutas e hortaliças nas faixas etárias superiores. Entre
os 18 e 24 anos, 15,5 % comem cinco porções diárias e 21,3% consomem cinco
porções semanais. Aos 65 anos, os percentuais aumentam para 29,8% e 48,4%,
respectivamente.
GRAU DE
INSTRUÇÃO INFLUENCIA NA ALIMENTAÇÃO
Aumentar
o acesso à informação é uma importante medida para melhorar os hábitos
alimentares do brasileiro. O Vigitel 2011 revelou que os costumes do brasileiro
à mesa estão diretamente relacionados com a sua escolaridade: quanto mais anos
de estudo, mais saudável é a alimentação.
Frutas e
hortaliças estão presentes no cardápio de 44,5% dos brasileiros que concluíram,
no mínimo, 12 anos de estudo. O percentual reduz para 27,5% entre as pessoas
que estudaram até, no máximo, oito anos. Considerando a recomendação da OMS, as
proporções vão para 29,7% para quem tem nível superior e 17,4% para quem não
conclui o ensino fundamental.
A gordura
saturada também é mais comum na mesa das pessoas com menos estudo: 37,3% comem
carne com excesso de gordura e 56,9% bebem leite integral regularmente. Já
entre a população com maior escolaridade, os percentuais registrados estão
abaixo da média nacional, com 27,5% e 47,7%, respectivamente.
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