26/03/2016

Conquistas da Democracia.

 Olá VISITANTES do Blog: CAE. Contagem.

Obrigada, chegamos á quase 6.000 Mil visitas. 
 
Para comemorar vamos voltar na historia e cultivar a memória das conquistas alcançadas no cenário da Segurança Alimentar. Assim vamos relembrar problemas e desafios enfrentados. Isso irá ajudar a compreender melhor nosso presente e saber o que se espera ser, o nosso futuro.

A saída do Brasil do Mapa da Fome das Nações Unidas é um do grande marco desse novo período. Se não fosse a democracia e, com ela, as liberdades individuais, de organização e de participação social, talvez a fome ainda fosse uma marca – tão negativa – da história atual do país.

 Um dos exemplos do compromisso recente do Estado brasileiro contra a fome foram as lutas sociais, lideradas por Herbert de Souza, o Betinho, que organizou ação pela Cidadania Contra a Fome junto com diversas entidades e movimentos sociais. Boa parte d o que se transformou posteriormente no Programa Fome Zero teve origem nessa iniciativa popular, que se irradiou por todo o país fazendo com que os governos assumissem também essa bandeira.

Tendo como marco a promulgação da Constituição Federal, em 1988 – o grande instrumento que possibilitou o início das transformações sociais em curso –, as conquistas desta nova realidade, sobretudo nos últimos 15 anos, têm colocado o Brasil como referência mundial na promoção do desenvolvimento social inclusivo e na luta contra fome e a pobreza.

 Outra importante conquista foi o Direito Humano à Alimentação Adequada, que só veio a ser inserido explicitamente entre os direitos sociais da Constituição em fevereiro de 2010, com a aprovação da Emenda Constitucional nº 64.

Também por meio do diálogo democrático entre governo e sociedade, foi criado o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea em 1993Desativado em 1995, foi recriado em 2003 e, desde então, tem sido um espaço fundamental de discussão e de articulação entre governo e sociedade civil.

Diversas políticas públicas de segurança alimentar e nutricional foram criadas ou fortalecidas a partir de propostas e sugestões formuladas nesse ambiente de participação democrática, como a ampliação e o aperfeiçoamento do PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE) e a criação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), entre muitos outros.

Fonte: Ministério da Saúde:

http://www.mds.gov.br/assuntos/seguranca-alimentar/participacao-social-garante-avancos-na-seguranca-alimentar-e-nutricional

A participação social garantiu avanços na segurança alimentar e nutricional do nosso Brasil.

Vinte um anos após a primeira Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional realizada País, o Brasil comemora a primeira geração de crianças livres da fome, que frequentam a escola e que recebem acompanhamento de saúde. (Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello).
Uma conquista que se confunde com os avanços da democracia, na medida em que muitas das mais importantes políticas públicas nessa área surgiram do diálogo entre governo e sociedade. As campanhas de combate à fome no Brasil até o início anos 1990, lideradas por nomes como o do ativista Herbert José de Sousa, o Betinho, exigiam que o combate à fome se tornasse política de Estado.
Hoje o Brasil é outro porque criou diversas políticas para combater a fome e a miséria.

 “A primeira Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional foi marcada por uma ação e um movimento puxado pelo Betinho e outros atores, militantes e ativistas que tentavam mobilizar a sociedade juntando alimentos e gêneros alimentícios para tentar socorrer uma população inteira passando fome. Quer dizer: era a ausência do Estado brasileiro que acabava levando pessoas engajadas, comovidas com a filantropia e com a caridade a assumir uma tarefa que deveria ser do Estado”.
Desde então, as transformações do país se confundem com o avanço da democracia, até chegar em 2014, quando, pela primeira vez na história, o Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome, publicado anualmente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (ONU/FAO).

No ano seguinte, em 2015, mais avanços. O Brasil alcançou duas metas da entidade internacional: cortar pela metade o número de pessoas passando fome e reduzir esse número para menos de 5% da população. Boa notícia para um país que, ao contrário de outros, sempre foi um grande produtor de alimentos, mas mesmo assim, a população passava fome.

 “O nosso problema não era a disponibilidade de alimentos, era acesso aos alimentos e à renda. E isso conseguimos alcançar com políticas públicas”.

Um conjunto de indicadores, hoje, descreve avanços importantes na realização do Direito Humano à Alimentação Adequada, que passou a fazer parte da Constituição Federal em 2010, tais como a redução no número de pessoas em subalimentação, redução da insegurança alimentar domiciliar, redução da desnutrição e da mortalidade infantis, diminuição da pobreza absoluta e da pobreza extrema.
“Os resultados são marcos positivos no enfrentamento da fome e da insegurança alimentar e nutricional, principalmente se considerado o passivo histórico existente. Porém, é fundamental que haja continuidade e ampliação de políticas públicas de enfrentamento da pobreza e das desigualdades sociais, de geração de emprego, trabalho e renda, assim como a priorização das políticas de caráter estruturante de promoção da segurança alimentar e nutricional”.

Evolução dos indicadores 

Indicador de Prevalência de Subalimentação: utilizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO, há 50 anos, para dimensionar e acompanhar a fome em nível internacional e como base para a publicação do Mapa Mundial da Fome. O acompanhamento deste indicador revela que a prevalência de pessoas subnutridas no país vem reduzindo expressivamente desde os anos 90, conforme pode ser observado nas Figuras a seguir. De acordo com a FAO, em 1990, 22,5 milhões de pessoas estavam subalimentadas no país.

De 1990 a 2002, 3,5 milhões de pessoas deixaram de figurar entre a população subalimentada. De 2002 a 2014, a diminuição foi de 15,6 milhões de pessoas.

Ao todo, no período 1990-2014, houve queda de 84,7% no número de brasileiros subalimentados, a maior redução relativa da população de subalimentados da América Latina e a terceira maior redução em números absolutos observada entre todos os países.
Para produzir esses resultados, a FAO adotou como estratégia a combinação de várias políticas públicas, como a valorização real do salário mínimo, o aumento da cobertura da previdência social, o estímulo à geração de empregos e ao aumento do crédito, a criação e expansão do Programa Bolsa Família (que implicou forte aumento da renda dos mais pobres), o fortalecimento da agricultura familiar e dos programas de compras públicas e o acesso à alimentação por equipamentos sociais, a exemplo da alimentação escolar, que hoje atende 43 milhões de crianças no país.

Desnutrição Infantil

A prevalência de desnutrição infantil no país teve uma redução progressiva e expressiva nas últimas décadas: a prevalência de déficit de altura em crianças menores de cinco anos de idade (desnutrição crônica) teve redução de 65,8% no período entre 1989 e 2006, passando de 19,6%, em 1989, a 13,4% em 1996 e chegando a 6,7%, em 2006. Já a prevalência de desnutrição aguda (peso abaixo do esperado para a idade) em crianças menores de cinco anos diminuiu em 66,7%, passando de 5,4% em 1989 para 4,2% em 1996 e 1,8% em 2006.

Entre as causas da redução da desnutrição infantil estão o aumento da escolaridade materna e da renda da população mais pobre, e o aumento e a melhoria da cobertura dos serviços de saúde em geral e do saneamento básico. 

A redução, tanto para desnutrição crônica quanto para a aguda, foi mais expressiva entre os 20% mais pobres, nas últimas décadas (Figuras a seguir). Este maior percentual de redução entre os públicos de menor renda demonstra que as políticas de inclusão social e de redução da pobreza contribuíram para a melhoria do acesso à alimentação desta parcela da população.

Os resultados são bastante expressivos, também, quando se analisa o estado nutricional das crianças de 0 a 5 anos que são acompanhadas pelas condicionalidades de saúde do Programa Bolsa Família – PBF. O déficit de altura dessas crianças caiu 51% em apenas 4 anos.

Mortalidade infantil

Outro indicador importante de saúde no Brasil vem melhorando progressivamente nas últimas décadas, evidenciando avanços no acesso aos serviços de saúde e à alimentação adequada: a taxa de mortalidade infantil (óbitos por mil nascidos em menores de 1 ano de idade). Entre 1990 e 2013, a taxa de mortalidade infantil no país reduziu-se em 70%, passando de 47,1 em 1990, para 13,9 em 2013 (Figura a seguir). Com isso, o Brasil passou da faixa “média” (20 a 49 óbitos por mil) para a baixa (menos de 20). No período em questão, houve grande redução na mortalidade por doenças infecciosas, devido a praticamente as mesmas causas da redução da desnutrição infantil: melhorias no saneamento, aumento dos anos de estudos das mães e aumento da cobertura da atenção à saúde, principalmente, na atenção básica e nas imunizações e ações de vigilância sanitária e epidemiológica.

A taxa caiu em todas as regiões, com redução ainda mais acentuada no Nordeste: no período 1990-2013, a queda nesta Região foi de 78,8%, passando de 75,8 em 1990 para 16,1 em 2013. 
 

 Fonte: Ministério da Saúde.


Direito à alimentação

Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN).
  • O SISAN está cada vez mais forte. As suas instâncias interagem e funcionam plenamente na esfera Nacional (CAISAN, CONSEA e Conferências de Segurança Alimentar e Nutricional).

    Cestas de alimentos
  • A Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos tem como objetivo a aquisição de gêneros alimentícios básicos e a distribuição gratuita desses gêneros em forma de “cestas” de alimentos.   
Povos e comunidades tradicionais
  • O MDS apoia projetos específicos para a estruturação da produção familiar e comercialização, que auxiliam as famílias a produzirem alimentos de qualidade, com regularidade e em quantidade suficiente para seu autoconsumo e geração de excedentes.       

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