A mudança tem que começar na
conscientização, e não na obrigação.
CAE, Contagem, MG
O Brasil é considerado um país em transição nutricional em razão dos
recentes aumentos na prevalência de doenças crônicas, como a obesidade. A
escola desempenha papel fundamental, na formação dos hábitos de vida dos
estudantes e, é responsável pelo conteúdo educativo global, inclusive do ponto
de vista nutricional.
Infelizmente hoje ainda aos alimentos mais consumidos por crianças e
adolescentes ainda é percebido em alimentos como: Doces (72,14%), salgados
(54,17%), salgadinhos (28,39%) e refrigerantes (22,14%).
A escola é o ambiente propício para a difusão de informações que levem o
aluno à formação de valores, hábitos e estilos de vida, inclusive o da
alimentação, que possam provocar uma mudança de comportamento, com vistas à
alteração das estatísticas sobre obesidade e sobrepeso, causadoras de tantas
doenças que prejudicam a qualidade de vida das pessoas.
A promoção da saúde é mais efetiva quando combina medidas de incentivo
(informação e motivação para comportamentos saudáveis), apoio (que facilitam as
escolhas saudáveis) e proteção (que protegem coletividades e indivíduos da
exposição a fatores e situações que estimulem práticas não saudáveis).
Segundo informativo da REBRAE–
Rede Brasileira de Alimentação e Nutrição do Escolar, de acordo com o
presidente da Sociedade Espiritossantense de Pediatria, Valmin Ramos, dados de
pesquisa realizada no ano de 2007 revelaram que cerca de 20% das crianças de
Vitória, de 7 a 14 anos, têm excesso de peso ou são obesas. Segundo o médico,
dentro de poucas décadas, essas crianças vão ser responsáveis pelo aumento nos
índices de mortes por problemas cardíacos. Afinal, explica, é nessa idade que
são formados os gostos da criança e é também por volta dos três anos de idade
que elas aprendem a escolher aquilo que querem ou não comer.
Para a Organização mundial de
Saúde – OMS, nos próximos dez anos a obesidade será a principal causa de morte
inevitável. Para ela, a obesidade infantil é mais preocupante que a adulta,
pois o sobrepeso e a obesidade nesta fase vêm crescendo de forma alarmante,
constituindo-se numa ameaça à saúde e ao desenvolvimento desses grupos. E cita
estudos que mostram que cerca de 50% de crianças obesas aos seis meses de
idade, e 80% das crianças obesas aos cinco anos de idade permanecerão obesas.
De
acordo com a Estratégia Global para Alimentação Saudável, Atividade Física e
Saúde (EG), proposta pela OMS e aprovada por 191 países na 57ª Assembléia
Mundial de Saúde, é necessário fomentar mudanças sócio–ambientais, em nível
coletivo, para favorecer as escolhas saudáveis no nível individual, de forma a
reverter este quadro alarmante de ascensão das doenças crônicas
não-transmissíveis – DCNT.
Sendo ainda a grande
preocupação com doenças que levam anos para produzir o efeito negativo e
crianças obesas crescem carregando problemas de saúde que poderiam ter sido
evitados com modos de vida mais saudáveis. Os hábitos alimentares são
importantíssimos porque são estabelecidos durante a infância, consolidados na
adolescência e estão diretamente relacionados ao risco do desenvolvimento de
DCNT na vida adulta.
Portanto,
é importante que as crianças sejam educadas visando à adoção de uma alimentação
saudável, o trabalho que deve ser realizado em conjunto, pela escola e pela
família.
CAE, Contagem
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