15/12/2011

Precisamos mudar os hábitos alimentares das crianças.

A mudança tem que começar na conscientização, e não na obrigação.

CAE, Contagem, MG

O Brasil é considerado um país em transição nutricional em razão dos recentes aumentos na prevalência de doenças crônicas, como a obesidade. A escola desempenha papel fundamental, na formação dos hábitos de vida dos estudantes e, é responsável pelo conteúdo educativo global, inclusive do ponto de vista nutricional.
Infelizmente hoje ainda aos alimentos mais consumidos por crianças e adolescentes ainda é percebido em alimentos como: Doces (72,14%), salgados (54,17%), salgadinhos (28,39%) e refrigerantes (22,14%).

A escola é o ambiente propício para a difusão de informações que levem o aluno à formação de valores, hábitos e estilos de vida, inclusive o da alimentação, que possam provocar uma mudança de comportamento, com vistas à alteração das estatísticas sobre obesidade e sobrepeso, causadoras de tantas doenças que prejudicam a qualidade de vida das pessoas.

A promoção da saúde é mais efetiva quando combina medidas de incentivo (informação e motivação para comportamentos saudáveis), apoio (que facilitam as escolhas saudáveis) e proteção (que protegem coletividades e indivíduos da exposição a fatores e situações que estimulem práticas não saudáveis).
Segundo informativo da REBRAE– Rede Brasileira de Alimentação e Nutrição do Escolar, de acordo com o presidente da Sociedade Espiritossantense de Pediatria, Valmin Ramos, dados de pesquisa realizada no ano de 2007 revelaram que cerca de 20% das crianças de Vitória, de 7 a 14 anos, têm excesso de peso ou são obesas. Segundo o médico, dentro de poucas décadas, essas crianças vão ser responsáveis pelo aumento nos índices de mortes por problemas cardíacos. Afinal, explica, é nessa idade que são formados os gostos da criança e é também por volta dos três anos de idade que elas aprendem a escolher aquilo que querem ou não comer.

Para a Organização mundial de Saúde – OMS, nos próximos dez anos a obesidade será a principal causa de morte inevitável. Para ela, a obesidade infantil é mais preocupante que a adulta, pois o sobrepeso e a obesidade nesta fase vêm crescendo de forma alarmante, constituindo-se numa ameaça à saúde e ao desenvolvimento desses grupos. E cita estudos que mostram que cerca de 50% de crianças obesas aos seis meses de idade, e 80% das crianças obesas aos cinco anos de idade permanecerão obesas.
De acordo com a Estratégia Global para Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde (EG), proposta pela OMS e aprovada por 191 países na 57ª Assembléia Mundial de Saúde, é necessário fomentar mudanças sócio–ambientais, em nível coletivo, para favorecer as escolhas saudáveis no nível individual, de forma a reverter este quadro alarmante de ascensão das doenças crônicas não-transmissíveis – DCNT.
Sendo ainda a grande preocupação com doenças que levam anos para produzir o efeito negativo e crianças obesas crescem carregando problemas de saúde que poderiam ter sido evitados com modos de vida mais saudáveis. Os hábitos alimentares são importantíssimos porque são estabelecidos durante a infância, consolidados na adolescência e estão diretamente relacionados ao risco do desenvolvimento de DCNT na vida adulta.
Portanto, é importante que as crianças sejam educadas visando à adoção de uma alimentação saudável, o trabalho que deve ser realizado em conjunto, pela escola e pela família.
CAE, Contagem

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