23/07/2013

"Concurso de Alimentação: “Sistemas Alimentares Saudáveis

ONU lança concurso para jovens entre 5 e 17 anos em comemoração ao Dia Mundial da Alimentação
        
O dia 16 de outubro foi escolhido pelas Nações Unidas como Dia Mundial da Alimentação, e a cada ano um novo tema é selecionado com o objetivo de chamar atenção para questões importantes envolvendo a segurança alimentar e nutrição. Em 2013 o assunto escolhido são “Sistemas Alimentares Saudáveis” e propõe uma análise dos impactos dos sistemas alimentares para o meio ambiente.
Da plantação à colheita, do processamento às embalagens, do transporte até as prateleiras de comercialização, a comida que chega às nossas mesas passa por diversas fases e para isso utiliza muita água, cria gases de efeito estufa e termina afetando cada planta e animal do planeta.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Aliança das Nações Unidas para as Mulheres (UNWG) convidam crianças e jovens de 5 a 17 anos a conhecer mais sobre o tema e participar de um Concurso de Cartazes. O concurso é aberto a participação de crianças de todo o mundo que serão selecionadas em três categorias: 5 a 8 anos, 9 a 12 anos e 13 a 17 anos. Os cartazes podem ser desenhados, pintados ou usar técnicas misturadas, inclusive arte digital (porém não são aceitas fotografias).
 
Os três vencedores terão seus trabalhos expostos nos websites e páginas em redes sociais da FAO e do movimento EndingHunger, receberão um certificado de reconhecimento e um kit composto de uma camiseta da campanha #EndingHunger e um presente surpresa.

 Conheça as regras e acesse a ficha de inscrição clicando aqui!http://ideiasnamesa.unb.br/index.php?r=noticia%2Fview&id=208

Obesidade Infantil e a TV

Pesquisa relaciona obesidade infantil a tempo que as crianças permanecem na frente da TV .


        Lisboa – Pesquisa divulgada nesta semana pela Universidade de Coimbra indica que pode haver relação entre a obesidade infantil e o tempo em que as crianças assistem à televisão ou usam o aparelho de TV para brincar com jogos eletrônicos. Feita na década passada, a pesquisa ouviu 17.424 crianças de 3 a 11 anos e seus parentes em todas as regiões de Portugal.
O estudo mostra que, apesar de Portugal ter sistema integral de ensino, com as crianças passando a manhã e a tarde na escola, 28% de meninos e 26% de meninas assistem a mais de duas horas de televisão por dia. Nos fins de semana, a proporção sobe significativamente: 75% meninos e 74% meninas. O parâmetro de duas horas é sugerido pela Academia Americana de Pediatria.
Em Portugal, três de cada dez crianças (6 a 10 anos) são consideradas acima do peso e 14% são classificadas como obesas. De acordo com a coordenadora do Centro de Investigação em Antropologia da Saúde, da Universidade de Coimbra, Cristina Padez, o problema do alto consumo da TV está relacionado ao comportamento sedentário. “Não é só a TV, é preciso observar a alimentação, o estilo de vida e a organização dos pais”, disse à Agência Brasil.
Dados divulgados pela Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil (Apcoi), assinalam que 57% das crianças que vivem no país não caminham para ir à escola; 90% comem lanches tipo fast food quatro vezes por semana e apenas 2% consomem frutas todos os dias.
Segundo Cristina Padez, os indicadores de Portugal são semelhantes aos de outros países do Sul da Europa, como a Espanha, a Itália e a Grécia, e guardam semelhanças com o que acontece no Brasil. "O mundo é globalizado. Há um conjunto de maneiras de viver semelhantes. Todos esses problemas são consequência do desenvolvimento econômico e social”, enfatizou Cristina.
A cientista social ressaltou ainda que a vida em grandes cidades, com poucos lugares para atividades de crianças ao ar livre, ou sob risco de violência, faz com que muito meninos e meninas passem horas vendo TV. As emissoras de televisão, com o avanço tecnológico e o interesse no consumo infantil, “tornaram-se mais apelativas” para as crianças, com programas e canais dirigidos ou acopladas ao jogo eletrônico.
“A indústria aproveita a situação. O problema é que nosso corpo não está adaptado e precisa ser mais ativo”, destaca Cristina Padez. Apesar das restrições, ela não recomenda que os pais proíbam os filhos de ver televisão, nem de fazer lanches rápidos. “Os pais devem cuidar da alimentação sem proibir; é importante haver regras.”
A obesidade infantil pode favorecer o aparecimento futuro de doenças como diabetes e hipertensão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,6 milhões de pessoas morrem todos os anos por causa da obesidade ou do sobrepeso. A OMS calcula que, em todo o mundo, mais de 1 bilhão de adultos estão acima do peso. Destes, 300 milhões (o equivalente à população dos Estados Unidos) são obesos.  Edição: Nádia Franco.
Local e data da publicação: Brasília, 17 de julho de 2013.
 Por Gilberto Costa - Correspondente da Agência Brasil/EBC - Quarta-feira, 17 de Julho de 2013   

O sódio ingerido no Brasil


Um quarto do sódio ingerido no Brasil vem de comida processada

CLÁUDIA COLLUCCI -  Editoria de Arte/Folhapress - SÃO PAULO

É o sal de cozinha, e não a comida industrializada, a principal fonte de sódio dos brasileiros. Ele responde por 71,5% do total do nutriente ingerido no país.

A conclusão é de estudo da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação) com base em dados do IBGE de 2008 e 2009, obtido com exclusividade pela Folha. Os resultados têm aval do Ministério da Saúde.

Cada brasileiro consome, em média, 4,46 gramas de sódio por dia-o equivalente a 11,38 gramas de sal. O limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde é menos da metade: 5 g de sal (equivalente a 2 g de sódio).

O nutriente é associado a maior risco de pressão alta e de doença cardiovascular.

Os produtos da indústria responderam por 23,8% do total da ingestão de sódio. "Essa acusação pesada em cima de nós, de que respondíamos por 80% do sódio consumido, se mostrou inverídica. Os dados do IBGE são insuspeitos", afirma Edmundo Klotz, presidente da Abia.
 
"Colocava sal antes mesmo de experimentar a comida. Agora penso duas vezes."
 

Segundo ele, as constatações do estudo não alteram o acordo com o Ministério da Saúde de reduzir 20.491 toneladas de sódio dos alimentos processados até 2020.

Pelo cronograma, o macarrão instantâneo deve estar hoje com 32,4% a menos de sódio, e a margarina vegetal deve chegar ao fim do próximo ano 57% menos salgada.

Eduardo Nilson, coordenador substituto de alimentos e nutrição do Ministério da Saúde, diz que Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já está recolhendo amostras e verificando rótulos para checar se o acordo está sendo cumprido.

Para o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), as metas estabelecidas são "tímidas", mantendo o consumo de sódio elevado e com pouca alteração do cenário atual do mercado.

Sophie Deram, nutricionista do ambulatório de obesidade infantil do HC da USP, levanta uma outra questão: alimentos que ficaram fora do acordo, como alguns refrigerantes e sucos diet e light.
"São supostamente saudáveis, mas estão cheios de sal. A indústria baixou os níveis, mas há ainda muito sódio escondido", afirma.
Nilson, do ministério, diz que, em um primeiro momento, houve a necessidade de priorizar alimentos industrializados mais consumidos, mas que outras categorias podem entrar em acordo futuro.

Segundo o estudo da Abia, a maior parte do sódio foi consumida nas residências, sendo 59,7% do sal de cozinha. Outros 11,8% vieram do sal adicionado à alimentação fora de casa.
"Foi uma surpresa a indústria responder só por um quarto do sódio, e o sal de cozinha ser o grande vilão", afirma o endocrinologista Alfredo Halpern, chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do HC.
Na sua opinião, fica evidente a necessidade de campanhas públicas para a redução do sal no preparo e no consumo de alimentos. O ministério diz que já existem campanhas do gênero voltadas para mães e escolares.
"A população tem tendência de colocar muito sal nos alimentos e ainda adicionar mais quando come fora", afirma Sophie Deram, francesa.
Alguns restaurantes de São Paulo já estão retirando o sal da mesa, e só o colocam à pedido do cliente. O advogado Carlos Nunes, 56, diz que se surpreendeu com a novidade em um restaurante do Itaim (zona oeste de São Paulo).
A região Norte registrou o maior volume de consumo de sódio do país, com 5,41 g por habitante por dia (13,8 g de sal). Só o sal de cozinha respondeu por 10,8 g. Já no Sudeste, os alimentos industrializados foram responsáveis por 2.